segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Como Debater com Esquerdistas - Por Olavo de Carvalho



Fonte: Diário do Comércio (editorial) , 20 de junho de 2007
Autor: Olavo de Carvalho

Os liberais e conservadores deste país nunca hão de tirar o pé da lama enquanto continuarem acreditando que nada mais os separa dos esquerdistas senão uma divergência de idéias, apta a ser objeto de polidas discussões entre pessoas igualmente honestas, igualmente respeitáveis. A diferença específica do movimento revolucionário mundial é que ele infunde em seus adeptos, servidores e mesmo simpatizantes uma substância moral e psicológica radicalmente diversa daquela que circula nos corações e mentes da humanidade normal.

O revolucionário sente-se membro de uma supra-humanidade ungida, portadora de direitos especiais negados ao homem comum e até mesmo inacessíveis à sua imaginação. Quando você discute com um esquerdista, ele se apóia amplamente nesses direitos, que você ignora por completo. A regra comum do debate, que você segue à risca esperando que ele faça o mesmo, é para ele apenas uma cláusula parcial num código mais vasto e complexo, que confere a ele meios de ação incomparavelmente mais flexíveis que os do adversário. Para você, uma prova de incoerência é um golpe mortal desferido a um argumento. Para ele, a incoerência pode ser um instrumento precioso para induzir o adversário à perplexidade e subjugá-lo psicologicamente. Para você, a contradição entre atos e palavras é uma prova de desonestidade. Para ele, é uma questão de método. A própria visão do confronto polêmico como uma disputa de idéias é algo que só vale para você. Para o revolucionário, as idéias são partes integrantes do processo dialético da luta pelo poder; elas nada valem por si; podem ser trocadas como meias ou cuécas. Todo revolucionário está disposto a defender “x” ou o contrário de “x” conforme as conveniências táticas do momento. Se você o vence na disputa de “idéias”, ele tratará de integrar a idéia vencedora num jogo estratégico que a faça funcionar, na prática, em sentido contrário ao do seu enunciado verbal. Você ganha, mas não leva. A disputa com o revolucionário é sempre regida por dois códigos simultâneos, dos quais você só conhece um. Quando você menos espera, ele apela ao código secreto e lhe dá uma rasteira.

Você pode se escandalizar de que um desertor das tropas nacionais seja promovido a general post mortem enquanto no regime que ele desejava implantar no país o fuzilamento sumário é o destino não só dos desertores, mas de meros civis que tentem abandonar o território. Você acha que denunciando essa monstruosa contradição acertou um golpe mortal nas convicções do revolucionário. Mas, por dentro, ele sabe que a contradição, quanto menos explicada e mais escandalosa, mais serve para habituar o público à crença implícita de que os revolucionários não podem ser julgados pela moral comum. A derrota no campo dos argumentos lógicos é uma vitória psicológica incomparavelmente mais valiosa. Serve para colocar a causa revolucionária acima do alcance da lógica.

Você não pode derrotar o revolucionário mediante simples “argumentos”. A eles é preciso acrescentar o desmascaramento psicológico integral de uma tática que não visa a vencer debates, mas a usar como um instrumento de poder até mesmo a própria inferioridade de argumentos. Em cada situação de debate é preciso transcender a esfera do confronto lógico e pôr à mostra o esquema de ação em que o revolucionário insere a troca de argumentos e qual o proveito psicológico e político que pretende tirar dela para muito além do seu resultado aparente.

Mas isso quer dizer que o único debate eficiente com esquerdistas é aquele que não consente em ficar preso nas regras formais num confronto de argumentos, mas se aprofunda num desmascaramento psicológico completo e impiedoso.
Provar que um esquerdista está errado não significa nada. Você tem é de mostrar como ele é mau, perverso, falso, deliberado e maquiavélico por trás de suas aparências de debatedor sincero, polido e civilizado.

Faça isso e você fará essa gente chorar de desespero, porque no fundo ela se conhece e sabe que não presta. Não lhe dê o consolo de uma camuflagem civilizada tecida com a pele do adversário ingênuo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E Se o Cristão Estiver Errado?

Pergunta via FormSpring:

E se os judeus ou islamicos estiverem certos? Você vai queimar no inferno por idolatria.

Autor: Anônimo

Resposta:

Não apenas eu mas você também, certo?

Mas caso você seja Judeu ou Muçulmano digo, com todo respeito pela sua fé, que a probabilidade de você estar certo é muito pequena, a meu ver.

Quando ao Judaísmo
Se Jesus não é o Messias os Judeus também estarão errados pois não haverá Messias judaico algum:

1- O profeta Daniel diz claramente que ele deveria aparecer antes da destruição do segundo Templo de Jerusalém (que ocorreu no ano 70 d.C.)
2- O Messias seria rejeitado por seu próprio povo (Judeus) mas aceito pelas nações do mundo.
3- Teria um ministério sacerdotal envolvendo um sacrifício que levaria as pessoas de volta a Deus em reconciliação.
4- Através dele o conhecimento de Deus chegaria ao gentios por todo o mundo.

Enfim se Jesus não é o Messias não há Messias judaico algum pois há somente ele como candidato a ter cumprido estas e outras profecias.

Quanto ao Islã
O Alcorão faz várias afirmações que são centrais a fé islâmica mas que são historicamente muito problemáticas. Por exemplo:

1- Afirma q Jesus não morreu crucificado (negando o que todo historiador moderno afirma),
2- Diz que Jesus não afirmou ser filho de Deus (negando também o que todo historiador moderno e sério reconhece),
3- Diz que cristãos antigos afirmavam que a Trindade era Deus, Jesus e Maria. (esta parte é para lá de curiosa!);

Muitos outros exemplos existem. A mim parece que o Islâ tem problemas seríssimos para se sustentar como uma visão de mundo viável.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Como Expor um Idiota Útil



Descrição retirada do Blog do Reinaldo Azevedo:

Imperdível a entrevista que a apresentadora e jornalista de origem cubana Marlen Gonzalez fez com o ator Benicio del Toro no programa Primer Plano, do canal “41 Noticias”, de Miami. Benicio encarna, como se sabe, Che Guevara no filme Che, de Steven Soderbergh. A fita canta as glórias do Porco Fedorento. Marlen soma os dons do pensamento aos evidentes dotes da ventura. O homem começa “toro” e termina novilho. “Ah, mas ele é só um ator”. Errado! Esse rapaz andou cantando as glórias de Guevara mundo afora, com aquela frivolidade bem típica de certo tipo “engajado”.

Marlen dá início à entrevista indagando por que escolher Miami para lançar o filme, justamente uma cidade onde vivem tantos cubanos, vítimas do regime. “É uma provocação?” Toro balbucia uma negativa, um tanto apatetado. Marlen pergunta se uma fita exibindo o lado bom de Hitler não ofenderia 15 milhões de judeus e a memória de 6 milhões de vítimas. Assustado, ele diz que não crê que Guevara tenha feito campo de concentração. Pois é. Falta de informação, Toro. Vá estudar! O Porco criou o primeiro campo de trabalhos forçados da América Latina. Ela não deixa a peteca cair: “Estamos falando de assassinatos. Não é igualmente assassino quem mata um, cem, cem mil…” Toro, tadinho, tenta ainda uma saída: comparou Che a um general num campo de guerra…

Marlen lembra as opiniões favoráveis que Toro deu sobre Che e indaga se ela sabia que, à frente da prisão de La Cabaña, o dito revolucionário mandou fuzilar mais de 400 prisioneiros. E o que diz o valente? “Sabia. Muitos dos que foram fuzilados eram terroristas…” Não, atalha Marlen: “Noventa por cento eram presos de consciência. [morreram] Simplesmente por discordar do sistema nascente, por pensar diferente”. E ele: “Ah, não sabia disso”… E assim vai.

No arremate, Marlen lembra uma frase de Che: “A ação mais positiva e forte, independentemente de qualquer ideologia, é um tiro bem dado, no momento certo, em quem merece”. E presenteia o pobre Toro — àquela altura, só um bezerro gritando ‘mamãe’ — com o livro Guevara: Misionero de la Violencia, do historiador cubano e ex-preso político Pedro Corzo.

Por Reinaldo Azevedo

Meus Comentários:
Para quem não sabe o termo "idiota útil" - no título do post - foi cunhado por Lênin para designar aqueles que militam defendendo as ideias revolucionárias comunistas mas sem saber realmente no que estão se metendo. A inocente pessoa declara louvores ao "herói" e "santo", ao homem de "grandes ideais" e "salvador da humanidade". Mas mal sabe ela que seu herói não passa um assassino frio, uma mente doente capaz de fazer literalmente qualquer coisas em nome de uma promessa de futuro utópico.

A diferença de um idiota útil comunista para um neo ateu é praticamente nula. Ambos endeusam, como salvadoras da humanidade, pessoas moralmente falidas, muitas vezes incultas, mas sempre intelectualmente desonestas. Não há qualquer motivo para duvidar que se um grupo de neo ateus tomasse o poder político de uma nação eles promoveriam o mesmo banho de sangue promovido por estes animais comunistas.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Kalam Continua Irrefutado






O Argumento Cosmológico para a existência de Deus continua entre os mais interessantes e irrefutados.

É um argumento defendido há bastante tempo por filósofos teístas de variadas correntes. Uma de suas versões modernas é o Kalam, defendido por filósofos como William Lane Craig, J.P Moreland  entre outros.

É assim:
1- Tudo que começa a existir possui uma causa.
2- O universo começou a existir.
3- Logo o universo possui uma causa.

A partir da conclusão (3) e com argumentos adicionais investiga-se quais candidatos existem como causa da origem ,do nada, de toda a matéria, energia e o próprio tempo-espaço. Conclui-se que apenas uma mente imaterial, atemporal, aespacial e imensamente poderosa pode ser a causa.

Você pode assistir a uma paletra completa sobre o Argumento Kalam aqui.

Em minha opinião o mais interessante é ver as REAÇÕES a este argumento. É curioso ver a tão alardeada superioridade racional do ateísmo militante sucumbir de maneira tão rápida.

Vejamos alguns exemplos de pérolas de ateus famosos:

  1. "O universo criou se a si mesmo" Daniel Dennet
  2. "A Lei Gravidade é o motivo de porque existe algo ao invés de nada" Stephen Hawking
  3. "O universo foi criado por Deus a partir de algum material pré-existente?" Christopher Hitchens
  4. "Tá, mas você não provou que este Deus é bondoso e responde orações!" Richard Dawkins
Bom isto é só para dar uma noção rápida de algumas das muitas bobagens que já apareceram.

Deixei de fora a pérola mais famosa: "Quem criou Deus?", pois já foi respondida por tantas pessoas e tantas vezes que não vejo mais motivos para dizer nem mais uma linha a respeito.

Claro que não estou dizendo que só apareceram bobagens da grossa pois não foram só neo-ateus que tentaram uma refutação, mas meu foco principal no blog é o desmascaramento desta patota.

Se você não viu logo de cara o porque destas pérolas não passarem de bobagens segue uma breve explicação de cada.

  1. Para algo criar a si mesmo ele precisaria existir ANTES de existir. O que é logicamente contraditório ou no popular: besteira da grossa.
  2. Primeiro que a Lei da Gravidade não é uma "coisas" capaz de criar nada, é apenas uma expressão matemática que DESCREVE o que ocorre no universo. Segundo que se de fato havia a "lei da gravidade" antes de existir o universo então ele não foi criado do nada, logo a pergunta "porque existe algo ao invés de nada" não foi respondida pois continuaria a questão de porque existe a "gravidade" ao invés de nada.
  3. Isto não é refutação, é apenas uma pergunta de simples resposta. Não, não havia material pre-existente algum conforme demonstra o Big Bang. Toda a materia, energia, espaço e tempo surgiram do nada.
  4. Sim, o argumento não pretente demonstrar ou negar estes atributos divinos. Mas e aí sr Dawkins? Vai subscrever a uma forma bizarra de ateísmo ao aceitar que o argumento demonstrar a existência de uma mente transcendente, imensamente poderosa, atemporal, imaterial e aespacial?
Bom vou manter este post curto. Qualquer novidade volto a comentar este tema.



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um Ateu Explica: Axioma Truístico é Só Uma Suposição

Esta é fresquinha. Acabei de retirar de um comentário de um de meus vídeos no Youtube (O Delírio de Dawkins). O apresentador Greg Koukl iniciou a palestra com algo que ele considerava uma verdade auto-evidênte. Algo axiomático no sentido de ser um truísmo, como ele mesmo explicou. Nesta caso era algo que nem precisaria ser dito mas pode ser expresso assim: Neo-ateus cometem erros de lógica grosseiros quando vão falar de questões espirituais.

Daí vem um ateu militante e lasca esta pérola e sai cantando vitória:
Adorei o inicio do video, ele começa apresentando um axioma! Ou seja, não é factual! É só suposição! E depois o outro doido lá que tá delirando.... KKKKKKKKKKK
O ruim não é a pessoa ser ignorante mas não ter a menor atenção ao que alguém está dizendo e ainda pensar que arrasou.

Dane Cook - Espirro do Ateu




Pessoal, o tempo está curto recentemente então não tenho postado coisas novas com muita frequência mas prometo em breve uma atividade mais constante.

Para descontração segue uma piada muito boa do comediante stand-up "Dane Cook".